sábado, 27 de novembro de 2010

Cap. 8

8# Carretera de la muerte & suco de papaya

Queriamos um pouco de adrenalina, de duas uma, ou sequestravamos o Camilo ou desciamos na vertiginosa estrada dos Yungas popularmente chamada de Estrada da Morte.
É estimado que morrem em torno de 300 a 350 pessoas anualmente em acidentes ao longo de seus 64 quilômetros de percurso com 3.600 metros de desnível. Outra característica muito conhecida são as "Santas Cruzes" ao longo da "pirambeira". Cada uma significa que um automóvel rolou morro abaixo.


Marcos e eu choramos muito, até que o desconto ficou bom e resolvemos fechar o pacote com a Xtreme Downhill para o dia seguinte. Em todos os lugares por aqui é muito importante que se regateie. Sem pechinchas você pagará o preço destinado aos ''gringos'' abonados.

A empresa nos ofereceu um café da manhã muito gostoso, com chá de coca, no cume da montanha La Cumbre. Marcos ficou eufórico, pois nunca tinha visto neve, e aquela era uma experiência que ficaria eternizada em sua memória. Não precisa dizer que eu levei uma pedrada de gelo.


O debbie retardado correu o percurso todo, pedindo pra morrer. E eu fiz a besteira de acompanha-lo nesse suicídio programado.
A vista é maravilhosa, e a adrenalina contagiante. Qualquer deslize e você já era.


 No meio da descida, um break pra mais um lanchinho, e pra adimirar a paisagem.


O grupo era muito divertido, e heterogêneo. Contávamos com:
- Pai e filho argentinos, curtindo as férias juntos
- Marido e mulher chilenos, curtindo a lua de mel juntos
- Eu e o Marcos brasileiros,  curtindo um com a cara do outro


Ao longo do caminho existem inúmeras cruzes, representando os mortos em acidentes com carros que cairam na ribanceira, ou ciclistas, em geral turistas abusando da sorte e subestimando a periculosidade da via.

Chegamos então à reta final.


Nos dirigimos até o hotel em Coroico. Onde foi possível nadar na piscina com vista pras montanhas com cume congelado, e descansar nas redes num calorzinho tropical.

Um almoço delicioso nos esperava. Marcos pediu uma jarra de suco de mamão. Se tem uma dica boa que eu posso passar pra vocês é : Evite ingerir 2 litros de papaya sozinho.

Depois do almoço básico, típico de servente, rolou um dérbi Argentina x Brasil. É claro que de barriga cheia é muito complicado jogar bilhar, o que talvez tenha influênciado o resultado da partida.
Outra justificativa plausivel para a descrepância dos números foi o efeito quase que instantâneo do papaya no organismo do Debbye.

De volta para a cidade, descansamos um pouquinho, já que no outro dia visitariamos as ruínas de Tiwanacu.

Um comentário:

  1. porra, isso é uma coisa que ainda não tenho a manhã de fazer, na real 2 rodas não é pra mim... haha

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Para pensar

"..Enquanto uns reclamam dos ventos, outros ajustam as velas..."