terça-feira, 30 de novembro de 2010

Cap. 9

9# Megalitos & orelha de pau

Hoje visitaremos as ruínas de Tiahuanacu, morada dos povos pré-inca.
Por volta do ano 1200 essa turminha do barulho simplesmente desapareceu sem dar satisfações à ninguém, tornando-se mais uma civilização perdida.
Quando eu disse ruínas, eu falei sério. Isso porque não sobrou muita coisa do que havia sido descoberto. Muitos trabalhos em pedra serviram de alicerce para construções pós-modernas nos arredores.
A esperança atual, é que novas escavações revelem mais sobre essa civilização.

O curioso destas ruínas, é que os megalitos de até 25 toneladas cada foram retirados provavelmente da pedreira mais próxima, que está localizada na península de Copacabana a 40 kilometros além do lago Titicaca.
Quando os espanhóis perguntaram aos índios Aymará, como as construções foram feitas, eles responderam que receberam ajuda de Viracocha, o deus-inca-barbado (Ahhh taáá).
Não existe outra explicação plausivel, então vamos acreditar nessa mesmo.


No ônibus, eu e Debbye enchemos a cara de folha de coca. Pitchamos tudo, e não satisfeitos distribuímos pros companheiros gringos de viajem.
Compartilhar a coca, é partilhar algo sagrado, pois a coca é um brinde à vida (jallalla), um grande presente de Pachamama.
A conexão do povo andino com seus protetores e com a Mãe Terra é a essência de sua cosmovisão.


Estávamos introspectivos quando chegamos. Foi quando pude videar um maravilhoso ovino.
Ele estava ali na minha frente, fingindo que podia me ignorar sem problemas, mas isso não era verdade. Apesar de seu olhar cálido, e toda aquela indiferença, ele queimava de medo por dentro.
Fou uma pena ter errado o bote, quase consegui agarrar aquele sebosinho pra mim.
Sempre quis uma ovelha, adivinha se meu pai me deu.




Demos o giro no sítio arqueológico.Vimos muitas coisas interessantes.
Como uma sala onde as paredes estavam adornadas com 175 cabeças de pedra, todas distintas umas das outras;
e um amplificador de som, um buraco otofórmico feito na pedra, por onde é possivel ampliar as ondas sonoras produzidas a distância. Funcionando como uma espécie de telefone-sem-fio amplificado, um fala baixinho lá longe, enquanto o outro coloca o ouvido no buraco pra ouvir perfeitamente. O problema é que não dá pra responder, ideal para monólogos.
Essa invenção no entanto não deu certo, porque sempre tinha aquele índio engraçadinho que enfiava o pinto* do outro lado.

(foto do buraco)
*Pinto: Órgão reprodutor masculino; Falo. 
Não confundir com filhote da galinha.


No próximo capítulo, experiências gastronômicas..

3 comentários:

  1. nãão acredito que seu pai nunca te deu uma ovelha de estimação... que maldade ! hahaha

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  2. O tal amplificador tocava "rebolation"? Parece que vi uma dançarina baiana mostrando a bunda... Afff.. até lá tem isso!!!

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  3. Bela foto!
    ps:me refiro a primeira, do totem!haha

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Para pensar

"..Enquanto uns reclamam dos ventos, outros ajustam as velas..."