Cap. 3

 3# Pé de tucano & pé de galinha

Hora de dar um tempo aos irmãos Baudelaire, com esse lance de desventuras em série.
Nos hospedamos no hostel Bolivar. Mas porque esse nome?

Lhes explicarei caros leitores (mãe, e pai talvez). Havia um tucano, morador do hostel, que em homenagem ao libertador Simón Bolivar, recebeu esse nome inusitado, e o emprestou também ao estabelecimento.
O tucano tomava café da manhã na mesma mesa que nós. Uma ótima companhia para quaisquer ocasiões. Mas o que tornou ele especial na minha vida, foi sua vontade em devorar a merda os deliciosos tamarindos que eu havia comprado. 
Aqui vai uma foto do nosso amigo saudosista de notável mau-gosto.

A cidade é a mais rica e industrializada da Bolívia.

Nos arredores dela é possivel encontrar El Fuerte Samaipata, que é um conjunto de entalhes em rocha, de origem pré-inca, que alguns dizem se tratar de uma pista de pouso de OVNIS. (??)

Demos um chaveco no porteiro da torre da igreja, e burlamos o pequeno pedágio pra então vermos o maquinário do relógio, e a vista da cidade de lá de cima.

Muitos estabelecimentos obedecem ao costume da siesta, ou seja do meio dia as 3 da tarde é hora de Morfeu.
Acabamos por descobrir que aqui se encontra de tudo nas lojas, inclusive isso:

p.s: não é um pé de galinha qualquer, é importado da China!

De noite fomos à rodoviária. Porém todos os ônibus para cochabamba estavam cancelados, por causa da neve. Foi lá que conhecemos Zuzana. Uma tcheca gente boa que nos acompanharia até Cochabamba.

Alugamos um quarto perto da rodoviária. O frio castigava muito mesmo. E o jeito foi beber Amarula pra ver se esquentava. Nenhuma possibilidade de escovar os dentes, afinal a água da torneira estava congelada. O que significa que banho, nem pensar.
Pegamos no sono com a tcheca tagarelando, e acordamos no dia seguinte com ela dissertando sobre o mesmo assunto.

Logo de manhã pegamos o busão para Cochabamba.

continua..