sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Cap. 11

11# Barco de cimento & banheira de terra.

No capítulo de hoje, um pouco de gastronômia, francesa é claro (??).

Eu e Marcos estávamos no triste fastio de comer o combo pollo con papas fritas diariamente. Além do mais nem só de frango e batata frita viverá o homem, já dizia Ele.

Solução? Vamos comer em restaurantes de verdade! O crème de la crème de La Paz. Nada melhor do que um clássico francês.
Escolhemos o Lá Comédie - Art restaurant no nosso incrível guia de viagens, Lonely Planet.
Mais incrível ainda foi descobrir que ninguém dos taxistas sabia como chegar lá. Começamos a duvidar da qualidade do local.
O taxista repetia incansávelmente que não podia estar certo, aquela rua não existia. Quanto mais nos embrenhávamos pelos becos negros da cidade mais certeza tinhamos de que aquela era uma cilada.

Quão grato fiquei quando arremetemos em uma rua diagonal, que transpassava por dentro de uma quadra, e avistamos de longe, aquela estrutura que mais se assemelhava à um navio, um navio de cimento.. Lacrimejei de alegria.



Ainda desconcertados com a magnitude e classe do recinto, tomamos lugar em nossa mesa. Ambiente com jogo de luzes, velas por todo canto, parecia um casal gay comemorando bodas de fruta (4 anos de casados).

Desapegados ao dinheiro e à bens materiais escolhemos a esmo os pratos do nosso cardápio.
A entrada era uma janta à parte:  presunto de pato, presunto cru, truta defumada, seleção de queijos, patê de figado de pato e azeitonas



Pro prato principal demoramos um pouquinho pra escolher, perdidos na vastidão de opções.
Eu fui de pato com mel, batata assada com queijo brie e berinjelas. Marcos preferiu camarões gigantes gratinados no licor de anis e arroz com nozes.


Descobri que existe uma faca especial para cortar patos. Marcos morreu de inveja, porque não existe faca exclusiva para camarões.

Não pedimos vinho porque queríamos cerveja mesmo. Ah esses brasileiros, tsc tsc.

Pra sobremesa, pedimos um mousse de chocalate caseiro que não existe palavras pra descreve-lo. Cortaria uma bola minha pra degusta-lo uma vez mais.


Enfim, nos esbaldamos. Acho que foi falta de etiqueta ficar tirando foto de tudo. Mas e daí, vão contar pra minha mãe?
Chega então o grande momento, momento do susto...


A conta veio toda bonitinha, dentro de um bauzinho...
E graças ao caramujo dos sete mares, não estava salgada. Em torno de 25 reais cada.
Ufa, esse alívio me caiu igual um estomazil.
Voltamos rolando para o nosso muquifo hostel.


Site do restaurante
http://www.lacomedie-lapaz.com/en/home.htm


2 comentários:

  1. Acho que os patos entraram em extinção após esse incrível jantar... presunto de pato, patê de fígado de pato, pato com mel...rsrs...
    E esse bauzinho?? Mto sinistro... acho q guardaram as cinzas de Simon Bolívar aí...rsrs

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Para pensar

"..Enquanto uns reclamam dos ventos, outros ajustam as velas..."